No Giro do boi desta terça-feira, 20, Kleber Lemes, médico veterinário, especialista em reprodução animal e coordenador técnico da Boehringer Saúde Animal, deu dicas de como aumentar os índices reprodutivos em fazendas de cria somente com a tecnologia da IATF (um protocolo e duas ressincronizações. Segundo o profissional, tem crescido o número de fazendeiros que têm aderido à tecnologia da inseminação artificial em tempo fixo, por causa dos inúmeros benefícios proporcionados. Padronização de nascimentos e de manejo, aumento do potencial genético do rebanho e maior número de fêmeas prenhes em curto espaço de tempo são alguns dos benefícios. Segundo Lemes, todos os clientes assistidos pela empresa, nessa última estação de monta no Brasil, elevaram seus índices reprodutivos com a nova tecnologia de protocolos de IATF desenvolvida pela Boehringer em parceria com o professor Ed Hoffmann, que levou 30 anos para desenvolver a linha. Lemes acaba de defender sua tese em reprodução bovina e foi orientado pelo próprio Hoffmann. Outro aspecto destacado pelo especialista está no desfrute de bezerros desmamados. “Se nós pensarmos em uma estação de 50% de prenhez, nossa taxa de desmame é em torno de 60% ou 65%, ou seja, a eficiência reprodutiva ainda é muito baixa”.  

O médico veterinário também também apresenta números sobre o aumento da utilização de IATF nos estados de PA, MT, MS, RO e BA. A média nacional é de 60% a 61% em um protocolo de IATF. Com uma ressincronização chega a 75% e numa segunda ressincronização pode ultrapassar os 90% de taxa de prenhez.

O coordenador finaliza a entrevista com uma dica sobre a concentração de inseminações e as técnicas disponíveis, e faz um alerta sobre o baixo número de matrizes inseminadas no Brasil, em torno de 10 à 12%. Recentemente, no Giro do Boi, o presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial, ASBIA, Sérgio Saud, disse que até 2020, o Brasil precisa atingir um percentual de 20% de fêmeas inseminadas. Na ocasião, Saud garantiu que esse seria um número ideal para que possamos evoluir no setor pecuário e atender a demanda por  carne bovina e desfrute dos produtores.    

Confira a entrevista completa:

 

Fonte: Giro do Boi.