Em meio à crise fiscal que levou o governo federal a apresentar projetos considerados impopulares para aumentar a arrecadação e reduzir os impactos dos cortes que serão feitos no orçamento, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) tenta obter um aumento de 13,5% dos recursos públicos destinados a operações de custeio e comercialização da safra 2017/2018, que começa no dia 1º de julho.

As propostas da entidade para o PAP (Plano Agrícola e Pecuário) 2017/2018, o Plano Safra, foram entregues na última terça-feira ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, com participação do presidente da FAEMG, Roberto Simões. Na véspera, representantes da confederação tinham apresentado as prioridades do setor produtivo durante um seminário promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Além do aumento de 13,5% sobre os atuais R$ 32,5 bilhões, o que elevaria para R$ 39,7 bilhões o montante destinado a investimentos, a CNA também reivindica a redução dos juros cobrados do produtor que toma empréstimos. A entidade propõe que a taxa para agricultores empresariais baixe de 9,5% para 6,5% e, para médios produtores, de 8,5% para 5,5% . Segundo a CNA, a redução dos juros estimulará os produtores a acessar os recursos necessários e disponíveis para investimentos.

Armazéns

De acordo com o vice-presidente diretor da CNA, José Mário Schreiner, produtores de todas as regiões do país também manifestaram à entidade expectativa em relação ao maior estímulo público à construção de armazéns. Schreiner destacou a importância de se estimular o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns, porque existe no Brasil um problema logístico, de infraestrutura, que não será resolvido em curto prazo.

Outra prioridade para a CNA é o Programa Agricultura de Baixo Carbono, que, segundo Schreiner, é um importante estímulo para que os produtores rurais recuperem áreas degradadas e as reintegrem à área produtiva. A sugestão é aumentar o volume de recursos de R$ 2,99 bilhões para R$ 5 bilhões, reduzindo a taxa de juros dos financiamentos.

 

Fonte: Faemg