A apicultura vem crescendo bastante no Norte de Minas e, atualmente, existem cerca de 2.180 apicultores (1.990 agricultores familiares), que atuam na atividade na região. Eles produzem cerca de 1.100 toneladas de mel por ano, que geram uma renda aproximada de R$15 milhões. Todo esse potencial econômico e a operacionalização da identificação geográfica (IG) – um típico produto da mata seca no Norte de Minas – serão temas do 19º Seminário de Apicultura do Norte de Minas, que será realizado na próxima quinta-feira (10/11), a partir das 8h, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, em Montes Claros.

O coordenador Regional de Pequenos Animais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Luiz Fernando Chaves Mendes, um dos idealizadores do evento desde a primeira edição, diz que o seminário se tornou um evento tradicional e bastante procurado por ser uma maneira de reunir, incentivar e trazer novas tecnologias os apicultores da região. A expectativa deste ano é atrair um público de cerca de 800 participantes, entre apicultores, fornecedores de equipamentos, estudantes, técnicos e agentes financeiros.

Identificação geográfica

Fernando comenta que o seminário sempre busca identificar os temas mais relevantes do momento no setor e propor boas oportunidades para os apicultores. “Este ano, vamos tratar da operacionalização da identificação geográfica (IG) do Mel de Aroeira do Norte Minas. Esse processo já está em andamento e vai trazer vários benefícios para os produtores. A identificação é o reconhecimento de um produto exclusivo, diferenciado e de alta qualidade, o que gera uma melhor remuneração para o produtor”, argumenta o coordenador.

O mel de aroeira recebeu o registro de Indicação Geográfica (IG), na espécie Denominação de Origem, em fevereiro deste ano. Desde então, os produtores que seguirem as regras da indicação geográfica da região podem optar por usar também o Selo Brasileiro da Denominação de Origem no rótulo dos seus produtos, junto com o nome da IG.

Antes considerado de pouco valor comercial por ser muito escuro, o mel de aroeira produzido na região norte de Minas Gerais ganhou destaque após pesquisas indicarem suas características terapêuticas como ação antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana, o que fortalece o sistema imunológico.

Programação

A programação do seminário conta ainda com palestras sobre boas práticas de produção de mel, cenário e perspectiva da apicultura no Brasil, a importância da regularização do cadastro de apicultores e o cooperativismo. “Costumo dizer que a gente tem que seguir o exemplo das abelhas e trabalhar em conjunto. O associativismo e o cooperativismo trazem muitos bons resultados devido a união do grupo”, salienta o coordenador da Emater-MG.

O 19º Seminário de Apicultura do Norte de Minas é promovido pela Emater-MG, Codevasf, Senar/MG, Sebrae e Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte De Minas (Coopemapi). O evento será realizado de forma híbrida. Além do modo presencial, o participante poderá optar por acompanhar a programação pelo canal da Codevasf no Youtube.

A inscrição é gratuita e pode ser feita no Sympla (www.sympla.com.br). O coordenador regional da Emater-MG explica que o apicultor, que se inscrever e participar do evento, receberá ao final do seminário um certificado de participação.

 

Fonte: Agricultura-MG

Flávia Freitas - Ascom/Emater-MG

Foto: Emater-MG/Divulgação