Com a liderança do pesquisador da Embrapa Cerrados Éder de Souza Martins, agricultores baianos, vão pesquisar a eficiência do pó de rochas silicáticas moídas na liberação de potássio no solo como fonte de baixo custo dos nutrientes para plantas. Segundo o especialista, o uso adequado de agrominerais simula processos naturais de renovação do solo e podem fornecer potássio, cálcio, magnésio, silício e outros micronutrientes, além da produção de argilominerais e acúmulo de matéria orgânica.

“Temos dois fornecedores de mineralizador próximos à região, em Dianópolis (TO) e Formosa do Rio Preto (BA), que podem atender a demanda local. Mas antes vamos testar se as rochas têm potencial de uso agrícola nos solos da região. E, para isto, faremos os testes em casas de vegetação e no campo experimental da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, para comprovar a eficiência e potencialidade do pó de rocha para liberar nutrientes”, afirma Martins.

Há 18 anos o pesquisador da Embrapa conduz os estudos sobre diversos remineralizadores de rochas silicáticas moídas oriundos de fontes abundantes no Brasil – amparadas pela legislação vigente sobre o assunto no País. De acordo com o especialista, os resultados reforçam a eficiência agronômica desses vários tipos de rochas.

Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, é importante avançar no uso da tecnologia em todos os processos que envolvem a produção agrícola: “Pelos resultados já alcançados na prática, temos certeza que depois dos estudos específicos para a nossa região, o uso dos remineralizadores poderá ser uma realidade para trazer mais produtividade com menor custo para o produtor”.

As pesquisas são realizadas por meio da Fundação Bahia, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

 

Fonte: Agrolink