O curso de agronomia da UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e o Sindicato dos Produtores Rurais de Iturama estabelecem parceria para o desenvolvimento da agropecuária local. Neste sentido, já está sendo desenvolvido em campo, uma pesquisa aplicada, selecionando os cultivares (material genético) de milho que melhor se adaptam na região. O projeto conta com 14 híbridos comerciais, cultivados todos nas mesmas condições (mesma área, data de semeadura, adubação, controle de plantas daninhas e insetos).

Em todo o Brasil, há mais de 300 cultivares de milho disponíveis no mercado, no entanto, para que o produtor tenha sucesso, o primeiro passo é escolher os que mais se adaptam às suas propriedades. Para o Pontal do Triângulo Mineiro, é necessário que o material possua boa tolerância ao calor, pragas e doenças, bem como boa produção de grãos e matéria seca, caso o objetivo seja a produção de silagem. O agricultor ou pecuarista muitas vezes investe alto em manejo do solo e adubação e mesmo assim, a cultura se desenvolve mal, não porque a região é inadequada, mas pela baixa adaptação da variedade.

No presente estudo, é notória a diferença visual entre os cultivares de milho. Se formos observar as principais regiões produtoras de grãos do Brasil, como Luís Eduardo Magalhães BA, Rio Verde GO, Chapadão do Sul MS e Rondonópolis MT, é rotineiro o desenvolvimento de pesquisas como essa, bem como outras, envolvendo o manejo do solo, pragas, plantas daninhas e doenças. Assim, a agricultura não se desenvolve apenas pela melhor condição climática, mas também pelo uso adequado de tecnologias que melhor se adaptam as condições locais.

O próximo passo será a realização de dia de campo na área, para que os produtores possam conferir os híbridos no local e planejar o futuro de suas propriedades. O caminho está aberto, basta avançarmos, mas com conhecimento.

 

UFTM e Sindicato Rural abrem caminho para a produção de milho em Iturama

O presidente do Sindicato Rural de Iturama, Saulo Elson Diniz (à direita) em visita a área experimental juntamente com o engenheiro agrônomo Flávio Hiroshi Kaneko, docente do curso de agronomia da UFTM campus Iturama.