O umbu é tema da próxima edição do Informe Agropecuário (IA), uma das revistas de difusão de tecnologias agropecuárias mais importantes do país, publicada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG). O lançamento da edição 307 ocorre no dia 10 de dezembro (terça-feira), às 8h, no Campo Experimental de Gorutuba, no município de Nova Porteirinha, região Norte do estado. As inscrições são gratuitas e serão realizadas no dia do evento.

Além do lançamento oficial do novo Informe Agropecuário, a programação contará ainda com a participação de autores da edição. Às 9h, o professor do Instituto Federal Baiano, Sérgio Luiz Donato, falará sobre tecnologias de produção do umbu e a importância da fruta para o semiárido. Em seguida, às 10h, o pesquisador da EPAMIG Norte, Nivio Gonçalves, guiará o público em uma atividade de campo. O pesquisador mostrará tecnologias para produção de mudas de umbu.

Os frutos do umbuzeiro são explorados para o consumo in natura ou industrial, na elaboração de suco, polpa congelada, sorvete, geleia, doces, entre outros derivados. A EPAMIG, em parceria com a Embrapa Semiárido, seleciona materiais e atua na criação de bancos de germoplasma de umbu, trabalhos que têm propiciado condições de melhoria da produção da fruta.

Além disso, a empresa atua em estudos sobre o cultivo de umbu sob sequeiro, técnica agrícola de plantio em locais secos e com pouca chuva. Segundo resultados de pesquisas publicadas no Informe Agropecuário, a estratégia é obrigatória para se conviver com o clima seco do Semiárido brasileiro e para sustentar a produção da agricultura familiar.

 

A importância do umbu para a população do Semiárido

O umbuzeiro é uma fruteira nativa da Caatinga e está distribuída de maneira dispersa em todo o semiárido brasileiro, região que abrange os estados do Nordeste do Brasil e o Norte de Minas Gerais. A coleta dos frutos é extrativista e movimentou, em 2018, 8,3 milhões de reais. Desse montante, 87% foram gerados no Nordeste, onde estão concentrados 90% da produção. Segundo dados do IBGE, em 2018 foram colhidas 7.765 toneladas de frutos.

Ainda em fase inicial de domesticação, com produção extrativista e poucas áreas com uso de materiais selecionados, a grande procura por frutos diferenciados, tanto nos mercados interno como externo, tem despertado o interesse dos consumidores pelo umbu. Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) foram comercializadas, em 2017, 11,18 toneladas dessa fruta.

A presidente da EPAMIG, Nilda de Fátima Soares, afirma que o tema da nova edição do Informe Agropecuário é forte no aspecto econômico e, sobretudo, noaspecto cultural. Nilda aponta a popularidade do umbu no Norte de Minas e em cidades do Nordeste brasileiro, locais onde o fruto é facilmente encontrado em supermercados e feiras populares.

“Esta edição do Informe Agropecuário apresenta, além das informações e tecnologias para o cultivo do umbu, a importância histórica e ecológica desta fruteira para o bioma Caatinga e a população do Semiárido”, destaca.

 

Assessoria de Comunicação Epamig