O dólar recuou de forma considerável nesta quinta-feira (31) e chamou a atenção dos mercados para seu efeito, principalmente, entre as commodities. Nas bolsas internacionais, mesmo com a baixa da moeda norte-americana, os futuros da soja, do milho e do trigo negociados na Bolsa de Chicago fecharam também em queda, enquanto em Nova York, liderados pelos futuros do café - que avançaram mais de 3% -, os preços do arábica e do açúcar também subiram, enquanto o algodão e o petróleo também recuaram. 

Somente nesta quinta, a queda foi de 1,77% e a divisa encerrou o dia valendo R$ 3,659, registrando seu patamar mais baixo desde o último dia 26 de outubro. Com essa queda, o dólar termina o primeiro mês do governo de Jair Bolsonaro com uma baixa de 5,6%, como noticia o UOL.

"Se o Brasil der certo, o dólar tem que cair", diz o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios. O executivo explica que este primeiro mês do novo governo foi marcado por uma série de expectativas e que com a abertura do Congresso Nacional nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, devem começar ou não a se confirmar. 

Ainda segundo Fernandes, "há muito otimismo em relação às mudanças no Brasil, as declarações do Paulo Guedes são muito pró mercado, e nunca houve tantos ministros falando tão pró mercado como agora. Há um fluxo financeiro enorme esperando para chegar ao Brasil". E como reafirmou o consultor, uma efetiva e profunda reforma da Previdência sendo aprovada é capaz de mudar o Brasil. 

Por ora, tudo ainda no campo das expectativas.  

No cenário internacional, a decisão do Federal Reseve de manter a taxa de juros nos EUA nesta quarta-feira (30) também ajudou a pressionar a moeda americana "A sinalização do Fed deixou parte do mercado bem animada", afirmou Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora, à agência de notícias Reuters. 

 

Fonte: Notícias Agrícolas