Um dos assuntos abordados no Giro do Boi desta quinta, dia 1º, foi ultrassonografia de carcaça. Cada vez mais comum como ferramenta de apartação de lotes, sobretudo os que são destinados para engorda em confinamento, a tecnologia pode aumentar a eficiência na fase da terminação e prevenir grandes prejuízos ao produtor.

Quem falou sobre o tema foi o médico veterinário Anderson Fernandes, da Breed Assessoria, empresa representante da DGT Brasil em Rondônia. “A gente está buscando tanto a eficiência dentro de um programa de confinamento, que a gente sabe que as contas são muito justas, e buscando também melhorar a qualidade da carne que é oferecida ao consumidor final, que oferece ao frigorífico. Então a gente melhora a eficiência das duas pontas, tanto da fazenda quanto para o consumidor final. A ferramenta de ultrassonografia vem para ajudar neste sentido, você acaba tendo uma melhora dentro do rebanho, da propriedade, uma eficiência maior de área de cocho, tirando o boi ladrão”, resumiu Fernandes.

O veterinário apresentou um caso estudado em uma fazenda do estado de Rondônia em que um “boi ladrão”, de baixa eficiência na conversão da dieta de confinamento, teve um custo de arroba produzida que era cerca de R$ 100 mais caro do que o preço da arroba comercializada no estado. “A gente fez um estudo em uma fazenda que, para ter uma ideia, esse boi ladrão em um caso específico, um dos piores, ele custava a arroba colocadaa para a gente R$ 243”, espantou-se o especialista, acrescentando que a arroba estava sendo negociada por volta dos R$ 140 na região.

A diretora técnica da DGT Brasil, Liliane Suguisawa, doutora em marcadores moleculares para qualidade da carne pela Unesp de Botucatu-SP, também participou do programa para falar das contribuições da ultrassonografia de carcaça para aumento da lucratividade do pecuarista. “A gente aparta os lotes, deixa eles extremamente homogêneos em termos de ganho, de desenvolvimento e rendimento. Só que o coordenador do confinamento é quem tem a tomada de decisão. Qual o lote que merece ficar mais tempo no cocho, com alimentação mais cara porque converte melhor? Qual o lote que antecipa? E com isso, todos esses processos que acabam inviabilizando, roubando o lucro do confinamento, a gente tem o controle na mão”, apontou.

 

Fonte: Giro do Boi